Por Neusa Baptista
Quem passa pelo Viradão Esportivo, evento que acontece hoje e amanhã em Cuiabá está se encantando com os novos penteados feitos à base de tranças afro, uma produção do Projeto Pixaim, coordenado pela Central Única das Favelas (CUFA-MT). Durante todo o dia, quatro trançadeiras do projeto estarão confeccionando gratuitamente as tranças em quem comparecer ao SESI Cristo Rei, em Várzea Grande, um dos pontos de concentração do Viradão Esportivo.
A estudante Débora Cristine Teodoro, de 17 anos, foi uma das primeiras a serem embelezadas pelas mãos das trançadeiras. “Acho legal, bonito. Usei rastafári durante muito tempo, mas depois inventei de alisar o cabelo e caiu bastante. Hoje, quero deixá-lo voltar ao natural e a trança valoriza muito a estética negra”, comentou ela.
Já no início das atividades, uma fila de mulheres se formou em frente ao local. Algumas chegaram cedo para garantir o penteado. Foi o caso da auxiliar infantil Carla Letícia Celestina Bezerra Silva, de 25 anos. De cabelos lisos, ela confessa que adora tranças e também conhece e admira o projeto. “Acho bonito o trabalho de vocês, pois valoriza o negro. É importante porque divulga os valores que as raças têm”.
Ao seu lado, a estudante Kátia Almeida de Oliveira, de 25 anos, de cabelos curtos, explicou que usa tranças há mais de 10 anos e que é viciada neste tipo de penteado. Para ela, a idéia de que as tranças são apenas para cabelos crespos não é verdadeira. “Qualquer um pode usar tranças. Não tem estrangeiros que vêm ao Brasil e fazem tranças nos cabelos? A trança é uma forma de valorização cultural”.
Ao seu lado, a estudante Kátia Almeida de Oliveira, de 25 anos, de cabelos curtos, explicou que usa tranças há mais de 10 anos e que é viciada neste tipo de penteado. Para ela, a idéia de que as tranças são apenas para cabelos crespos não é verdadeira. “Qualquer um pode usar tranças. Não tem estrangeiros que vêm ao Brasil e fazem tranças nos cabelos? A trança é uma forma de valorização cultural”.
Maria Martha Marangoni Regis, de 9 anos, aos poucos foi se soltando e “libertou” os cabelos do rabo de cavalo que usa sempre. “Gosto muito de tranças, acho legal, é diferente, de outra cultura.Tímida e com muita vergonha de deixar seus longos cabelos soltos, a estudante . Quem sabe não deixo meu cabelo solto pela primeira vez?”.
Ao seu lado, a auxiliar de serviços gerais Jucinete de Assis Vilela conta que deixou de trabalhar somente para fazer as tranças. Ela trocou de turno com uma colega para poder comparecer ao SESI e mudar o visual. “Fiquei sabendo pela TV que teria tranças aqui e não pude deixar de vir. Troquei com uma colega de turno e vou trabalhar amanhã, de visual novo. A trança valoriza mais a cor, a raça. Trança é para quem não tem vergonha de assumir o que é”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário